Portabilidade de crédito: vale a pena fazer?

Portabilidade de crédito: vale a pena fazer?

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Que o crédito é um dos maiores aliados para a realização dos nossos projetos de vida, todo mundo sabe. E a menos que você seja um magnata ou tenha ganho uma bolada no prêmio acumulado da Mega-Sena, vai precisar de uma linha de crédito para tocar os seus objetivos em algum momento.  O problema é que, em muitos casos, as taxas de juros não têm nada de aliadas e pior: a gente só acaba sentindo no bolso quando já está no meio das parcelas e raramente para pra pensar que sim, é possível transferir aquele empréstimo pessoal, financiamento imobiliário ou outras dívidas de crédito de grandes valores para outros bancos que cobrem taxas mais acessíveis. Resultado: os juros acabam acumulando mais do que poeira embaixo de tapete e a dívida vai ficando impagável.  Aí fica a pergunta: pra quê passar esse perrengue se você pode migrar para outra instituição financeira?  Continue a leitura e entenda por que essa alternativa faz mais sentido do que você imagina. 

Por que os juros pesam tanto na decisão de fazer a portabilidade?

Primeiro porque, qualquer que seja a sua modalidade de crédito, os juros estarão presentes. Eles nada mais são do que uma taxa de serviço que os bancos e outras instituições financeiras cobram para liberar o crédito para os consumidores. Ou, se você preferir, uma espécie de compensação pelo risco que a concessão de qualquer empréstimo representa. Afinal de contas, se é empréstimo, a gente já espera que tenha um retorno, né?  Segundo, porque eles podem variar de um credor para outro e aumentar a sua dívida, seja acumulando por atrasos no pagamento dos compromissos ou simplesmente por serem muito altos. Uma armadilha bem comum e determinante para o acúmulo das taxas é o pagamento do mínimo da fatura do cartão de crédito, justamente porque o valor restante que fica em aberto já volta no mês seguinte recheado de juros.  Agora, imagina que você financiou um carro no valor de 45 mil reais parcelados em 60 vezes. Se a gente considerar uma taxa de juros de 2% ao mês, as parcelas ficariam em 1.294,56 reais e o valor total do pagamento em 77.673,60 reais. Ou seja: 32.673,60 reais de juros purinhos. É muito dinheiro, né? E a  conclusão fica ainda mais evidente se você pegar como base o valor do mesmo financiamento e  acrescentar uma taxa de 1,5% ao mês. Esse 0,5% de diferença parece pouco, mas no final você pagaria  68.562,25 reais, o que representaria uma economia de 9.111,35 reais. É exatamente aí que a  portabilidade de crédito entra e você já vai entender como. Mas antes, se quiser saber mais sobre como a taxa de juros funciona, é só clicar aqui.

O que é exatamente essa tal portabilidade de crédito?

Fazer uma portabilidade de crédito é simplesmente pegar a dívida que você já tem com um banco e levar para outro. A ideia é que, com a liberdade de negociar com um novo credor, você consiga juros mais acessíveis para continuar pagando a sua dívida sem apertar o seu orçamento e, claro, com o menor risco possível de não conseguir cumprir o seu compromisso até o final. Na teoria, a dívida é a mesma. Na prática, ela passa a ser mais barata.  E quem teve essa sacada? O Banco Central. No entendimento da instituição, a possibilidade que o consumidor tem de fazer essa mudança sem amarras contratuais se sem custo estimula os bancos e as  instituições financeiras a oferecem não só as melhores condições de crédito, mas também o melhor  atendimento para manter o cliente. No caso, você. E mesmo com a portabilidade de crédito valendo no  mercado desde o ano de 2013, muita gente ainda não se atenta para o fato de que essa alternativa pode fazer toda a diferença para se manter em dia e chegar até o fim da dívida sem susto. Ainda bem que,  depois desse artigo, você não tem a menor chance de estar nesse grupo, né? 

Como funciona a portabilidade de crédito?

Vamos supor que você precise de um empréstimo para reformar a sua casa e consiga a liberação com o banco em que você já tem conta,  que seria a alternativa mais óbvia. Aí no meio do caminho  acontece uma série de imprevistos, como desemprego, custos extras  com a obra, alguém da família precisando de ajuda e por aí vai. O que  acontece então? Os juros, que já eram altos, mas você nem se  deu conta quando negociou o empréstimo, começam a doer pra valer  no seu bolso e as parcelas pendentes viram o principal motivo da sua  insônia. Está tudo certo para dar errado, mas em vez de cair no  desespero, é a sua ficha que cai: você vem aqui no Blog da emDia e a  gente te conta que é possível transferir o seu empréstimo para outros  bancos e pagar juros mais baixos desse ponto da dívida em  diante. Sabendo da oportunidade, você solicita a portabilidade de  crédito para um banco que ofereça condições mais acessíveis. E se a  sua proposta for aprovada, ele quita por completo a sua dívida com o  banco responsável pela negociação original e assina com você um  novo contrato de empréstimo, com o mesmo valor total, o mesmo  saldo devedor, mas com uma diferença fundamental: juros menores. 

Como fazer a solicitação da portabilidade de crédito?

A primeira coisa a fazer é procurar o banco em que você tem a dívida no momento, reunir as informações necessárias para compartilhar com um novo banco e dar início à solicitação da portabilidade de crédito. Anota aí:
  • número de identificação do contrato;
  • total dos débitos pendentes;
  • Custo Efetivo Total (CET);
  • valor das parcelas detalhando encargos e o valor do principal;
  • taxa de juros mensal e anual;
  • prazo total da dívida + prazo que resta para o pagamento; 
  • taxa de juros mensal e anual;
  • data do vencimento mais recente. 
Conferiu tudo? Então pesquise um banco com a taxa de juros que mais atenda à sua realidade financeira e formalize a sua proposta. Depois, é só esperar de 5 a 7 dias úteis até que a sua solicitação  seja validada e a dívida com o banco original seja quitada pelo novo banco. Esse procedimento não tem  custo e você não precisa se envolver na transação. E o legal é que a portabilidade de crédito é válida não  só para a modalidade de empréstimos pessoais, mas também para financiamentos imobiliários, cheque  especial, empréstimo consignado e até cartão de crédito. 

Quem pode fazer a portabilidade de crédito?

Se você tem algum contrato de empréstimo vigente com qualquer instituição financeira devidamente cadastrada no Sistema Financeiro Nacional (SFN), tem direito a transferir sua dívida para outro banco.  

Quais bancos podem fazer a portabilidade de crédito?

Será que os juros mais baixos daquele banco que você namora já tem um tempo, podem ser assumidos sem sofrência? Bom, a resposta é sim. Qualquer banco e até mesmo algumas fintechs, como a Sim  Empréstimos, estão aptos a realizar essa portabilidade. Além disso, você consegue fazer uma simulação  com as instituições e negociar condições que sejam leves para o seu bolso. Outro exemplo é o Banco Santander, que oferece condições personalizadas, como análise de crédito  online e a renegociação do valor da sua parcela, que pode ser menor do que o seu atual financiamento.

E se o banco não liberar o histórico do seu crédito?

Se a instituição for assegurada pelo Banco Central (BC), ela tem a obrigação de atender à sua análise e disponibilizar o histórico de crédito com todas as suas informações.  Esse processo, que costuma durar em torno de 15 dias, passou a ser mais comum depois do surgimento  do Open Banking, uma iniciativa que surgiu para definir a quebra das barreiras no compartilhamento  de dados entre as instituições financeiras tracionais, digitais e fintechs.   Vale a pena dar uma lida sobre o assunto clicando aqui, pois esse é um baita conteúdo que serve de  respaldo para você dar andamento na solicitação da sua portabilidade.  Voltando às consequências de o banco recusar o seu pedido: caso isso aconteça ou a solicitação extrapole o prazo, você pode fazer uma denúncia para o próprio Banco Central (BC), já que essa  negativa viola o código do consumidor.   Por outro lado, também tem uma outra realidade, que vale a pena ser ressaltada: a instituição para a  qual você pretende transferir sua dívida, não tem a obrigação de te aceitar.   Se com todos os seus dados em mãos ela identificar que você não tem um histórico financeiro que  combine com o perfil de consumo esperado, sua solicitação pode ser negada.  Mas pode erguer a cabeça porque faz parte do jogo: tentou e não deu certo? Vida que segue, e nada  impede que você consiga fazer a portabilidade para outros lugares com o seu mesmo histórico.

Importante: nem só de juros baixos vive a portabilidade

A redução dos juros é, sem dúvidas, o maior motivo que leva alguém a optar pela portabilidade entre bancos.  Apesar disso, existem outras questões que valem a pena serem colocadas na balança, pois podem evitar uma futura dor de cabeça.  Imagine as situações: em algum momento, você vai ter um probleminha para resolver, seja a mudança  para uma agência mais próxima do seu novo emprego, uma alteração na parcela, ou uma necessidade  de renegociação dos seus débitos. Agora que você já visualizou essas hipóteses, já pensou em resolver qualquer um desses perrengues em uma instituição com atendimento ruim? Ou com um suporte online  lento?  Se a diminuição dos seus juros significa viver um pesadelo burocrático, é válido analisar outras  possibilidades, ou tentar chegar em um equilíbrio entre os juros e o relacionamento com o banco.  Financiamentos, consignados e dívidas de crédito são negociações que naturalmente podem gerar  estresse. Sendo assim, o indicado é diminuir ao máximo suas chances de se arrepender do processo de  portabilidade.

E se eu quiser voltar atrás na decisão?

Você leu o último tópico tarde demais e já rolou aquele arrependimento pelo banco escolhido? Este tópico é para te tranquilizar... mas nem tanto. Você consegue efetuar o cancelamento da portabilidade sem grandes problemas. Porém, isso só é feito  se o banco que você escolheu ainda não tiver quitado sua dívida com o antigo banco. Como já falamos  aqui, você lembra como funciona o processo entre as instituições, né? Geralmente esses trâmites têm  um respiro de 15 dias para se consolidar. De qualquer forma, com o tempo de arrependimento ou não, o indicado é que você pesquise muito e  tenha certeza da sua escolha, porque ninguém merece, por mais prático que seja, encarar o mesmo  processo duas vezes em um curto período. 

Para manter as contas em dia, consulte seu CPF e siga as dicas

Seguiu todos os passou e transferiu tudo para aquele banco que balançou o seu coração? Já tem um bom caminho andado.  Mas para deixar seu histórico redondinho, fortalecer o relacionamento com o banco atual e evitar futuros problemas com crédito, é bom fechar com essas dicas simples:
  • Essa é muito importante, evita dores de cabeça e pouca gente faz com a frequência que deve ser feito: consultar o CPF. A maioria das pessoas acham que isso só deve ser feito quando as dívidas entram na jogada, mas já parou para pensar na possibilidade de ter alguém utilizando o seu CPF de forma irregular? De você ter uma conta bem antiga, que acabou até esquecendo? Ou de uma empresa ou banco ter tido alguma falha no sistema e, por conta disso, acabou não dando baixa em uma conta sua? 
Se nesse momento você ficou com uma neura aí, não foi a intenção. Mas tirar essa dúvida, é bem fácil.  Na emDia você consegue consultar seu CPF de forma gratuita e tirar a limpo todas essas dúvidas. É só  clicar aqui, analisar as possíveis pendências e conseguir dormir sem peso na consciência.
  • Um pequeno deslize com as datas de pagamento pode gerar uma quantia de juros inalcançável. Se  você é do time dos esquecidos, faça uma lista ou marque no calendário as datas limites da fatura  de todos os seus cartões, aluguel, contas básicas de casa e financiamentos. De preferência, assim  que o salário cair na conta, já dispare o código de barras de todos os seus boletos no aplicativo do  banco.
  • Mesmo antes de chegar aqui, você já se enrolou com algumas contas e acabou gerando uma dívida  que não encaixa em nenhum dos requisitos para fazer a portabilidade? Negocie na emDia.  Você encontra condições especiais com até 90% de desconto e em até 72% para zerar tudo com uma parcela levinha.
  • Além disso, você pode seguir nossas redes sociais, que a gente está sempre atualizando com conteúdos financeiros que vão te ajudar a sair da pindaíba e não voltar mais. Para seguir nosso  Instagram, é só clicar aqui. Já para assistir aos vídeos do Canal emDia, é aqui e o nosso Facebook,  bem aqui
Agora, se a sua escolha for negociar com condições imperdíveis, vem com a gente aqui.
por Emdia