Finanças comportamentais: o que são e como funcionam?

Finanças comportamentais: o que são e como funcionam?

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Você já olhou para trás e viu que tomou uma decisão financeira que não fez muito sentido? Seja por gastar demais em uma compra impulsiva, ou pela falta de disciplina para economizar, muitas pessoas podem se sentir frustradas com o próprio comportamento. Essas ações, que por vezes não parecem coerentes, são o foco de estudo das finanças comportamentais. As oscilações de comportamento são avaliadas pela ótica da psicologia e da economia, trazendo um pouco mais de clareza sobre como as pessoas tomam decisões. Além de mapear as ações, esse tipo de conhecimento ajuda a evitar armadilhas da mente no que se refere ao dinheiro. Se você quer saber como se prevenir de escolhas financeiras equivocadas, continue a leitura para entender melhor o que são as finanças comportamentais e os principais princípios desse conceito. Saiba, também, como nossos comportamentos afetam as finanças pessoais e como utilizar esse campo da economia em nosso favor. Boa leitura!

O que são finanças comportamentais?

Finanças comportamentais é um campo da economia responsável por estudar as emoções das pessoas, bem como crenças e aspectos psicológicos que levam os indivíduos a tomar decisões financeiras. Nesse sentido, essa ciência pressupõe que o ser humano nem sempre usa o racional e a lógica na hora de lidar com o dinheiro. Em vez disso, assume que somos muitas vezes guiados por impulsos e emoções, que podem nos levar a fazer escolhas nem sempre ideais. Ao compreender mais sobre o funcionamento das finanças comportamentais, é possível melhorar o entendimento sobre o nosso modo de agir. Assim, torna-se possível encontrar meios para driblar os impulsos e ajustar nossas decisões, melhorando a economia, os investimentos e o modo de gastar.

Quais os principais princípios das finanças comportamentais?

Após entender o que são finanças comportamentais, o próximo passo é saber quais são os princípios envolvidos nela. Fizemos uma explicação com vários exemplos para te ajudar a compreender cada um deles. Confira mais, a seguir.

Viés de confirmação

O primeiro princípio de finanças comportamentais que você precisa conhecer é o viés de confirmação. Ele é relacionado com o hábito que temos de tentar confirmar nossas crenças por meio de informações de outras pessoas, ignorando dados que geram contradições. Por exemplo, se você acredita que uma compra que decidiu fazer mesmo sem precisar é uma boa escolha, vai começar a pesquisar notícias ou análises que a confirmem, ignorando informações críticas que sugerem o contrário.

Aversão a perdas

Outro princípio que pode atrapalhar o seu desenvolvimento e a busca pela independência financeira é a aversão a perdas. Na teoria, ela se refere à tendência das pessoas de evitar perder mais do que obter ganhos. Nesse caso, você tende a sentir muito mais dor ao perder R$ 100 do que a alegria de ganhar a mesma quantia. Esse tipo de situação leva as pessoas a tomar decisões financeiras conservadoras para evitar perdas, mesmo que isso signifique deixar oportunidades de ganhos passarem.

Efeito manada

Essa é a famosa “Maria vai com as outras” das finanças comportamentais. O efeito manada nada mais é do que quando as pessoas tendem a seguir a multidão, em vez de tomar decisões financeiras independentes. Por exemplo, se todos ao seu redor estão investindo em pirâmides financeiras, você pode sentir pressão para fazer o mesmo, mesmo que não entenda completamente o que está fazendo.

Ancoragem

Sabe quando você vê um item vendido na internet com a informação de que o preço inicial era 3X maior, mas que agora está sendo vendido apenas por X? Mesmo que essa informação não seja verdadeira, acaba gerando uma percepção de que ele está muito mais barato, podendo tirar você do caminho do consumo consciente. Ou seja, a ancoragem é a tendência de dar muito peso a informações iniciais ao tomar decisões financeiras, ao entender que o valor sugerido agora é um “bom negócio”, mesmo que o valor de mercado real seja muito menor.

Disponibilidade

Esse princípio tem relação com a valorização extrema a informações que estão disponíveis de forma mais recente. Esse princípio pode levar você a tomar decisões financeiras equivocadas, que podem atrapalhar a sua gestão. É comum acontecer quando você ouve notícias negativas sobre o mercado de ações, a respeito de fatos ocorridos uma semana antes, mas que já mudaram, dado que o mundo financeiro é muito dinâmico.

Superestimação de habilidades

Esse princípio tem relação com o hábito de entender que, por algum motivo, algumas habilidades e conhecimentos são acima da média das outras pessoas e, por isso, consegue fazer melhor. Suponha que você esteja prestes a comprar um imóvel e acredite que é um excelente negociador. No entanto, durante as negociações, você se depara com termos complexos, regulamentações imobiliárias desconhecidas e detalhes contratuais confusos. Nesse caso, a superestimação de suas habilidades financeiras prejudica sua capacidade de tomar decisões eficazes, o que pode levar você a fazer um mau negócio, resultando no comprometimento das suas finanças.

Status quo

O princípio do status quo refere-se à tendência das pessoas de manter as escolhas financeiras existentes, mesmo que não sejam as melhores opções. Esse tipo de ação pode acabar levando ao acúmulo de dívidas.

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Por exemplo, você pode continuar a manter uma conta bancária com taxas elevadas, apenas porque sempre teve essa conta, em vez de procurar alternativas com taxas mais baixas.

Como nossos comportamentos afetam as finanças pessoais?

A maneira como nos comportamos têm impactos diretos nas nossas finanças pessoais. Com nossas decisões, podemos mudar o modo como ganhamos dinheiro, as nossas despesas mensais e até mesmo a nossa relação com o dinheiro. Veja mais sobre esses impactos, a seguir.

Hábitos de consumo

Nosso comportamento pode influenciar diretamente a forma como gastamos dinheiro. Por exemplo, se você adota um consumo impulsivo e não aprende a lidar com isso, pode acabar gastando mais do que ganha e, com isso, acumular dívidas. Por isso, é muito importante investir em educação financeira para evitar esse cenário.

Falta de controle

Quando você não tem controle financeiro e adota uma estratégia na qual gasta mais do que ganha, é natural acabar tendo dificuldades para arcar com as contas e, eventualmente, entrar no vermelho. Por isso, é importante ter hábitos de consumo consciente para evitar essa situação.

Riscos desnecessários

É preciso saber dosar os riscos financeiros. Por exemplo, se você está começando a sua jornada, buscar acompanhamento de profissionais e estudar para entender mais sobre lidar com o dinheiro é muito importante. A partir do aumento do conhecimento, torna-se mais razoável assumir riscos em investimentos.

Planejamento

Com novos conhecimentos e o melhor entendimento sobre como funcionam os nossos comportamentos, fica mais fácil encontrar equilíbrio e definir um planejamento financeiro para sair das dívidas, alcançar independência e ter segurança. Por isso, adotar o hábito estudar sobre o tema é crucial.

Mudança de vida

Como você viu, o modo como você se relaciona com o dinheiro e a adoção de uma rotina de aprendizado, pode fazer com que você saia de uma situação que gera dívidas e entre em uma que proporciona tranquilidade financeira. Por isso, descobrir dicas de como usar as finanças comportamentais é uma ótima ideia.

Como usar os princípios das finanças comportamentais a meu favor?

Depois de entender um pouco mais sobre a psicologia aplicada às finanças e como ela afeta as decisões financeiras, é possível usar esses princípios para evitar os vieses e criar um caminho mais racional para suas escolhas. Veja, a seguir, como implementar isso na prática.

Autoconhecimento

O primeiro passo para evitar ações equivocadas é conhecer seus limites e comportamentos, especialmente quanto ao dinheiro. Fazer uma autoavaliação permite identificar hábitos, gargalos e situações que podem ser evitadas. Além disso, você identifica momentos que podem funcionar como um gatilho para decisões impulsivas. Para quem sabe que um passeio no shopping pode instigar compras compulsivas, por exemplo, fica mais fácil evitar esse tipo de ambiente que pode levar ao uso irracional do dinheiro.

Orçamento claro

Estabelecer os limites do orçamento é uma ótima estratégia para treinar a mente e evitar desequilíbrios nas contas. Além de exercitar sua disciplina e responsabilidade, esse comportamento favorece um uso mais equilibrado do dinheiro. Então não deixe de usar planilhas, aplicativos de finanças pessoais ou até mesmo um registro simples na sua agenda para estabelecer valores para tudo. Não deixe de separar um valor extra para imprevistos ou até mesmo para um mimo pessoal, pois um orçamento rígido demais também pode ser difícil de sustentar.

Negociação de dívidas

Uma boa forma de usar a ancoragem é buscar meios de negociar as suas dívidas e conseguir condições melhores para quitá-las. A partir da definição de um orçamento claro, você tem mais condições de incluir um valor mensal no planejamento para direcionar ao pagamento das pendências financeiras. Além disso, contar com especialistas em negociação de dívidas é uma boa ideia. Por exemplo, com a emDia, você tem ótimas condições e pode estar um passo mais perto do sonho da organização financeira.

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Educação financeira

Para ter um consumo consciente, é importante investir em conhecimento. Mesmo que muitas pessoas tenham um relacionamento ineficiente com o próprio dinheiro, a matemática prevalece. Isso significa que, independentemente da situação, quem gasta mais do que ganha tende a se complicar. Portanto, consumir conteúdos em blogs, vídeos, podcasts e cursos gratuitos online, é uma excelente forma de conhecer mais sobre a dinâmica do dinheiro, a complexidade do crédito, os efeitos da inflação, as possibilidades de remuneração e outros elementos importantes para gerenciar seu dinheiro.

Automação de investimentos

O mercado financeiro é um dos ambientes mais difíceis de manter a racionalidade. Especialmente para quem tem pouca experiência na negociação de ativos, ele pode causar um grande impacto emocional devido às flutuações de curto prazo. Uma boa maneira de exercer controle financeiro pode ser por meio da automação dos investimentos. Isso permite que vieses ligados a eventos macroeconômicos não afetem a tomada de decisão de ativos que podem ser adquiridos. Determine um valor mensal para aplicar eficientemente em ativos com baixo grau de risco. Assim, você consegue manter uma carteira equilibrada sem sofrer impactos emocionais.

Quais as ferramentas e recursos para aplicar as finanças comportamentais?

Contar com ferramentas para aplicar as estratégias de finanças comportamentais é uma excelente forma de garantir que os métodos sugeridos sejam aplicados. Siga a leitura e confira quais recursos podem facilitar seu dia a dia.

App de orçamento

Os aplicativos de orçamento representam uma excelente ferramenta para melhorar a gestão financeira pessoal. Eles permitem organizar suas despesas, estabelecer metas financeiras e categorizar as transações para entender em que o seu dinheiro será aplicado. A maioria deles fornece gráficos e relatórios para ter uma visão unificada das finanças.

Planilhas eletrônicas

O uso de planilhas financeiras pode fornecer uma ferramenta simples e prática para gerenciar o seu dinheiro. Além de ter controle sobre as despesas mensais, você também acumula dados sobre o comportamento dos últimos meses, conseguindo analisar sua evolução temporal.

App de investimentos

A automação de investimentos pode ser feita diretamente pelo aplicativo da sua corretora ou mesmo da instituição financeira na qual você tem conta. Esse instrumento permite configurar valores regulares para os investimentos, escolhendo as opções mais adequadas para seu perfil, desde títulos públicos, CDBs até ações e ETFs.

Blogs e livros sobre educação financeira

Para desenvolver a sua educação financeira, vale a pena apostar em sites, blogs e livros dedicados a essa temática. Isso permite ampliar os conhecimentos e melhorar sua capacidade de tomada de decisão. Quanto aos livros, vale a pena começar pelos clássicos, tais como Pai Rico, Pai Pobre, Os Segredos da Mente Milionária e Dinheiro em Pauta. Ao conhecer um pouco mais sobre as finanças comportamentais, é possível entender sobre a dinâmica do capital e como evitar erros comuns na gestão do próprio dinheiro. No longo prazo, isso contribui para que você tenha mais controle e autonomia sobre as próprias contas. Quer saber mais sobre como gerenciar sua renda de modo mais eficiente? Então assine nossa newsletter gratuita e receba conteúdos incríveis no seu e-mail!
por Emdia