Previdência Privada vale a pena? Confira 6 vantagens e desvantagens

Previdência Privada vale a pena? Confira 6 vantagens e desvantagens

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Segundo levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), os aportes nessa modalidade cresceram 23,2% em abril de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento demonstra a importância que os consumidores estão dando para o planejamento financeiro e a tendência para esse tipo de investimento. Continue conosco e saiba o que é esse conceito de previdência, como funciona e quais são os tipos existentes. Conheça também as vantagens e desvantagens e como calcular os seus rendimentos. Saiba mais!

O que é Previdência Privada?

A Previdência Privada é a formação de uma renda extra para reforçar a aposentadoria oficial e ter um futuro mais tranquilo em termos financeiros, para atender a objetivos de médio e longo prazo. Os planos de previdência privada podem ser considerados como um tipo de investimento seguro, flexível e rentável.

Como funciona?

Os planos da Previdência Privada servem como uma renda complementar à aposentadoria pelo INSS. Assim, quando você opta por um, precisa definir o quanto de dinheiro poderá juntar. Determinados bancos exigem apenas um investimento inicial de R$ 25,00, não sendo obrigatório o depósito mensal da mesma quantia. Assim, é possível fazer os aportes variáveis, da mesma forma como é feito na poupança.

Quais são os tipos de Previdência Privada?

Os tipos de Previdência Privada diferem entre si pela maneira como são tributados, podendo ser PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Veja mais detalhes a seguir.

VGBL

Nesse modelo, o Imposto de Renda (IR) incide sobre a rentabilidade obtida e o cálculo é realizado com base apenas nos rendimentos, ou seja, desconsiderando as contribuições do período. Isso quer dizer que os valores que você depositou mensalmente ficam livres desse desconto. É uma opção mais indicada para quem não declara Imposto de Renda ou opta pela declaração simplificada.

PGBL

Para o modelo PGBL, o IR incide sobre o valor total resgatado no final do período. Esse modelo é adequado para as pessoas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda. Isso porque o valor que você deposita mensalmente pode ser deduzido. Dessa forma, você consegue aumentar a restituição do Imposto de Renda, já que recebe de volta o dinheiro que pagou de imposto ao longo do ano. Aqui, é importante observar que os impostos relacionados aos aportes são limitados a 12% da renda anual.

Quais são as vantagens e desvantagens da Previdência Privada?

Como para qualquer tipo de investimento, a Previdência Privada apresenta vantagens e desvantagens. Conheça, a seguir, quais são as principais.

6 vantagens da previdência privada

As vantagens da Previdência Privada incluem desde a criação do hábito de poupar dinheiro e investir até a portabilidade do investimento para se adequar às suas necessidades e exigências. Confira!

1. Criação do hábito de poupar e investir

O grande valor de fazer uma Previdência Privada está na aquisição do hábito de poupar e investir mensalmente, por um bom período. Isso porque é muito prático investir: você escolhe quanto quer guardar por mês e a forma de pagamento, como boleto ou débito automático.

2. Realização de objetivos

Tradicionalmente, a Previdência Privada é conhecida como uma modalidade eficiente para ter uma renda extra, a fim de complementar a aposentadoria do INSS. Mas não é só nesse sentido que ela pode auxiliar. Ela também ajuda a financiar outros projetos de vida, como comprar um carro, adquirir a casa própria, abrir um negócio, entre outros.

3. Benefícios fiscais

Entre as principais vantagens da Previdência Privada estão os benefícios fiscais. Isso porque é um investimento que permite pagar menos imposto de renda. Existe a tabela regressiva e a progressiva, que se adaptam a diferentes perfis de investidores e metas financeiras. Assim, para quantias investidas por um prazo maior que dez anos com a tabela regressiva, é possível obter a menor alíquota de IR do mercado: 10%. A tabela progressiva conta com uma alíquota fixa de 15% no resgate, cujo valor é possível ser compensado na declaração do IR, com uma variação que pode oscilar entre 0% e 27,5%. Por isso, para optar pelo plano adequado, analise o seu perfil de investidor, seus objetivos e o tempo de investimento desejado.

4. Inexistência de idade mínima

O investimento em Previdência Privada não exige idade mínima, sendo uma escolha ideal para os pais que querem garantir o futuro dos seus filhos. Além de proporcionar um rendimento maior que o da poupança, ao investir dessa forma, o patrimônio acumulado já ficará em nome deles.

5. Resgate rápido e prático

Você é quem escolhe o melhor momento para realizar o resgate. Isso é possível desde que esteja fora do prazo de carência, que são 60 dias após a contratação ou da movimentação de saída. Além disso, você consegue usufruir do valor acumulado de três formas:
  • resgate total ou parcial;
  • renda mensal temporária — é possível converter o valor investido em uma renda mensal, por um prazo determinado;
  • renda mensal vitalícia — o pagamento é recebido até o falecimento do titular.

6. Portabilidade

A portabilidade pode ser realizada apenas em relação aos planos. Assim, pode ser efetuada de maneira interna, ou seja, entre planos de uma mesma empresa, ou externa, trocando de uma instituição para outra. Para isso, não é necessário pagar o imposto de renda novamente, nem criar outro contrato, nem fazer o resgate do dinheiro. Essa é uma mudança interessante para as pessoas que desejam outro plano com taxas menores e estratégia de investimento mais adequada.

6 desvantagens da previdência privada

Como em qualquer tipo de investimento, as desvantagens também estão presentes na Previdência Privada e precisam ser observadas antes de optar por algum plano. Veja, a seguir, quais são as principais.

1. Altas taxas

Além da taxa administrativa, os planos costumam cobrar taxa de saída para resgates, bem como taxa de carregamento. Por isso, é importante questionar o gerente do banco sobre essa questão. Dependendo dos valores cobrados, o investimento pode perder a sua atratividade.

2. Oscilação da economia

Considerar o cenário econômico atual e fazer as projeções para o seu investimento são pontos essenciais. Devido à oscilação da economia, os planos de Previdência Privada podem ter uma rentabilidade real negativa, ou seja, abaixo da inflação.

 3. Riscos

Um dos maiores temores dos investidores é a possibilidade da perda de dinheiro — e a Previdência Privada também está sujeita a esse tipo de risco. O problema é que essa modalidade de investimento não é protegida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso significa que se a instituição escolhida quebrar, você pode perder o valor investido. Por isso, é crucial sempre acompanhar a movimentação para prever possíveis problemas. Assim, você pode, por exemplo, utilizar a portabilidade e migrar a tempo de evitar um prejuízo.

4. Rentabilidade

Outro ponto importante a ser avaliado é a rentabilidade. Há alguns tipos de investimentos que rendem mais, com menos taxas do que os planos de previdência. Em geral, os mais vantajosos são os oferecidos pelas empresas que dividem o valor a ser depositado com o colaborador. Dessa forma, cada parte coloca a mesma quantia mensalmente no plano de previdência. Mas é preciso ficar atento às regras para recebimento do dinheiro, especialmente em relação ao prazo e situação de demissão.

5. Carência

É importante se planejar em relação ao tempo pelo qual se deseja investir. Isso porque a Previdência Privada não é uma boa alternativa, se você pretende sacar o dinheiro a curto prazo. É possível retirar uma parte do valor ou a sua totalidade. No entanto, se estiver no período mínimo de carência, preestabelecido em contrato, é provável que tenha que pagar multa pela retirada antecipada.

6. Benefícios fiscais prejudicados

A rentabilidade de alguns planos de previdência pode ser tão baixa, que invalida os benefícios. Por isso, analise se vale a pena não pagar imposto durante o tempo de investimento na Previdência Privada quando a rentabilidade é negativa. Além disso, é importante não cair no erro de confundir benefício fiscal com isenção fiscal. Não existe isenção de impostos para quem investe nesse tipo de previdência.

Qual é o rendimento e como calcular?

Para calcular o retorno sobre o investimento (ROI), é preciso primeiro fazer a simulação do quanto se pretende investir para ter uma ideia do quanto vai receber no final. Muitas corretoras oferecem um simulador no site, baseado em rentabilidade padrão. Podemos exemplificar imaginando uma pessoa com 30 anos que deseja investir R$ 500,00 por mês e se aposentar aos 60 anos. Considerando uma rentabilidade de 5% ao ano como referência, o valor bruto acumulado após 30 anos de contribuição seria aproximadamente R$ 417.866,30, sem considerar o IR e as taxas. Após estimar o retorno da Previdência Privada, referente ao “capital investido + rentabilidade”, utilize a fórmula ROI, que é:

ganho obtido – valor investido / valor investido.

Dessa forma, o cálculo ficaria:

(417.866,30 – 180.000,00) / R$ 180.000,00 = 1,32 x 100 = 132%

Logo, para esse exemplo, o ROI da Previdência Privada proporcionaria um retorno de 132%. Isso significa que o retorno foi maior que os custos do plano de previdência escolhido, sendo, portanto, positivo. No entanto, para chegar ao valor exato, você precisa descontar o Imposto de Renda e taxas de carregamento e administração da empresa contratada. Além disso, é preciso considerar a correção monetária. Como você pôde verificar, para saber se a Previdência Privada vale a pena, é preciso considerar vários aspectos como os que comentamos ao longo deste artigo. Além disso, é muito importante analisar as vantagens e desvantagens, bem como o melhor custo-benefício para seu perfil e objetivos. Aliado a tudo isso, é aconselhável fazer uma boa gestão do tempo para melhor administrar as finanças. Essas informações foram úteis? Saiba mais lendo outro artigo em nosso blog e conheça 20 hábitos financeiros para você colocar em prática agora!
por Emdia