Quebra de acordo: o que acontece ao não pagar a negociação?

Quebra de acordo: o que acontece ao não pagar a negociação?

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Quem passa por uma experiência de quebra de acordo sabe o quanto essa situação pode ser chata, difícil e preocupante, afinal, geralmente, ninguém formaliza um contrato pensando em não cumpri-lo, certo? O problema é que imprevistos acontecem, especialmente em épocas de crise econômica. Neste cenário, a quebra de acordo em contratos de renegociação de dívidas pode ocorrer porque, apesar do interesse em regularizar os compromissos financeiros, nem sempre as pessoas conseguem cumprir com o parcelamento acordado. Neste artigo, vamos analisar o que é e quais são as consequências da quebra de acordo de dívida. Leia e compreenda melhor esse assunto sempre atual!

O que é a quebra de acordo?

A quebra de acordo acontece quando o credor não identifica o valor do pagamento da parcela no período estipulado, mesmo considerando o prazo de tolerância. Esse prazo, aliás, varia de acordo com cada credor. Esse ponto deve ficar registrado no contrato e a pessoa com dívida precisa estar ciente e concordar antes de assinar. Quando isso acontece, as condições de pagamento estabelecidas no contrato perdem sua validade, e as multas e os juros incidentes no contrato original voltam a pesar sobre a dívida. Em outras palavras, o negócio retorna à estaca zero.

O que pode causar a quebra do acordo?

A quebra de acordo de parcelamento é determinada quando o credor não recebe o valor do pagamento, e isso pode ser motivado por causas diferentes. Veja alguma delas.

Não pagamento do acordo

O acordo de negociação fica sujeito a cancelamento sempre que a pessoa com dívida não realiza o pagamento ou faz isso após o prazo de tolerância. Assim, todo o pagamento feito até então é debitado do valor inicial e não do valor renegociado. Nessa situação, não tem como retomar o acordo efetivado, ou seja, ele é quebrado em definitivo. Vamos dar um exemplo: suponhamos que a pessoa tenha uma dívida de R$ 3.000,00, considerando os juros. Após a negociação, esse valor cai para R$ 2.500,00, com parcelamento em 10 vezes de R$ 250,00. Vamos imaginar que a pessoa tenha pagado duas parcelas e depois não cumpriu com os demais pagamentos, gerando a quebra de acordo. Se isso acontecer, os R$ 500,00 pagos serão abatidos do valor original da dívida, que é de R$ 3.000,00 e o acordo feito perde a validade.

Pagamento não identificado

Outra situação é o pagamento não ser identificado porque foi feito já no dia de vencimento ou em uma data muito próxima do prazo de tolerância. Depois que ele for identificado, a falha é retificada e ocorre a remontagem do acordo para que continue sendo cumprido.

Pedido de cancelamento

Durante os primeiros sete dias do acordo ou durante o período em que ainda não se efetivar nenhum pagamento, é permitido o cancelamento do acordo para que a pessoa decida voltar atrás na negociação. Porém, pedir a quebra de negociação pode gerar consequências semelhantes às decorrentes do não pagamento. Por isso, o correto é realizar o acordo sempre conforme seu potencial de pagamento e analisando os prós e contras de todo o cenário.

Quais são as consequências da quebra de acordo?

A quebra de acordo nunca traz consequências boas para o consumidor. Confira alguns exemplos.

Negativação do nome

Durante o tempo de vigência do acordo, um atraso pode resultar na reinserção do CPF da pessoa em algum cadastro de proteção ao crédito, ou seja, gerando a restrição de crédito. A quebra de acordo de parcelamento significa inadimplência e, por consequência, todos os resultados que a acompanham, gerando as dificuldades em:

Cadastro positivo prejudicado

Na contramão do cadastro negativo, o cadastro positivo é relevante para as empresas observarem o comportamento financeiro do cliente, ou seja, se ele mantém as contas em dia, quais são os acordos feitos e assim por diante. Por isso, vale a pena fazer um cadastro positivo. Ele contribui para que a pessoa retome sua confiança no mercado. Quando ocorre a quebra de acordo, no entanto, o cadastro positivo se prejudica, já que vai ficar registrado que não houve cumprimento do contrato.

Perda de descontos e condições de pagamento

A quebra de acordo causa uma quebra de confiança no relacionamento com o credor. Como as partes haviam feito um contrato de quitação que era benéfico para ambos, o não cumprimento por parte da pessoa em dívida tende a atrapalhar uma tentativa nova de parcelamento. Com o cancelamento do contrato, a pessoa pode perder descontos e o direito à redução ou à isenção de taxas de juros (e até o prazo para pagamentos se desejar fazer uma nova negociação).

Retorno ao contrato original

Um novo acordo será feito sobre o contrato inicial, com todos os juros atualizados. Isso significa que não será em cima do valor que não foi pago. Desse modo, ainda que o valor pago incida sobre a dívida total, a pessoa pode ficar no prejuízo devido à atualização de valores e à perda nas condições de pagamento.

Cobranças

Outra consequência indesejável da quebra de acordo é a recorrência de cobranças pelo telefone. Como a dívida volta à condição de ativa, credores e empresas terceirizadas podem ficar ligando para cobrar ou, ainda, enviar SMS e e-mails.

O que pode ser feito após a quebra do acordo?

Nem tudo está perdido depois da quebra de negociação e cancelamento de contrato. Ainda é possível quitar a dívida, usando algumas estratégias. Confira!

Tente fazer um novo acordo

Mesmo considerando que as condições de negociação serão diferentes do acordo anterior, o credor deverá oferecer outra oportunidade para o pagamento da dívida. Antes que o débito se torne impossível de pagar, mesmo que sejam dados descontos, a pessoa deve procurar um novo acordo.

Avalie sua capacidade de pagamento

Na nova tentativa de pagar sua dívida, é preciso analisar o que deu errado: por exemplo, se aconteceu algum imprevisto financeiro ou se o acordo feito realmente estava além da sua capacidade de pagamento. Esse é o momento de tirar lições com os próprios erros para não cair neles novamente. Desse modo, o correto é não comprometer um percentual acima de 30% da renda mensal. Caso contrário, o orçamento pode ficar muito apertado, e aumentam as possibilidades de quebrar o acordo.

Comprometa-se com o pagamento

A negociação do débito tem como objetivo o pagamento das dívidas com valores que estejam dentro das condições financeiras da pessoa. Se não conseguiu fazer isso da primeira vez, aproveite e faça agora. Planeje-se financeiramente e leve até o fim o pagamento, cumpra sua parte sem correr o risco de uma nova quebra de acordo. No post, apresentamos quais são as consequências de uma quebra de acordo. Mostramos que, mesmo depois que ela acontece, sempre é possível uma renegociação. Mas evite ao máximo quebrar as negociações. Os resultados nunca são bons e, de qualquer maneira, sua reputação financeira e score ficam comprometidos. O que achou das dicas? Está precisando negociar alguma dívida? Atualmente, muitas delas são feitas no cartão, não é mesmo? Confira o que acontece quando você faz um acordo de cartão de crédito!
por Emdia