Bloqueio judicial: o que isso significa e como evitar?
Você já se deparou com o seguinte termo: bloqueio judicial? Essa é uma situação relativamente comum e que pode acontecer com qualquer pessoa. Afinal, é resultado da inadimplência. E até a pessoa mais organizada pode esquecer de fazer algum pagamento ou ter uma dificuldade financeira, concorda?
A questão é que esse termo não deve assustar, mas servir como uma mola propulsora para organizar o seu orçamento. Isso porque é possível equilibrar os seus gastos e evitar que o seu saldo seja bloqueado pela justiça.
Ao mesmo tempo, você nem precisa adotar aquela postura do Julius, de Todo Mundo Odeia o Chris: “se eu não gastar nada, o desconto é maior”. Basta ter um consumo consciente, que evite o bloqueio judicial da conta-corrente.
Como fazer isso? Neste post, veremos algumas ideias práticas para você evitar essa situação. Ainda mostraremos:
- o que é bloqueio judicial;
- como acontece;
- quais são suas causas;
- como consultar;
- de que forma recorrer.
O que é bloqueio judicial?
O bloqueio judicial consiste no congelamento do saldo da sua conta-corrente. Na prática, você tem o dinheiro lá, mas é impossível utilizá-lo. Por quê? Bom, essa medida é adotada devido à cobrança de uma dívida judicial. Isso significa que existe um débito em aberto com algum credor ou com a Receita Federal. Ao entrar com um processo judicial, é feita a determinação de congelamento de saldo ao sistema SisbaJud, que é administrado pelo Banco Central. Vale lembrar que esse órgão é a autoridade financeira máxima do Brasil. Assim, todos os bancos nos quais você tem algum saldo recebem o pedido de bloqueio judicial de conta. Ou seja, todo o dinheiro disponível é congelado até que a dívida seja paga. E isso ainda acontece rapidinho, em poucos minutos. Afinal, o sistema é online. Por isso, muitas pessoas se deparam com essa situação quando menos esperam. Agora, você deve estar se perguntando: o bloqueio judicial em conta-corrente dura quanto tempo? Tudo depende do que será feito depois da notificação. Isso porque a liberação do saldo só acontece quando a justiça determinar. Portanto, quanto antes a dívida for paga, mais rápido acontece o acesso ao dinheiro.Como o bloqueio judicial acontece?
A explicação sobre esse assunto é válida para as situações em que ainda não há prescrição da dívida. Nesse caso, o débito está aberto por menos de 5 anos. Depois desse período, o credor não pode continuar a cobrança. No entanto, ele pode te notificar sobre a dívida. Caso não haja pagamento nem acordo com o credor, ele pode pedir a penhora dos bens. O objetivo é garantir o pagamento desse débito. Por isso, o melhor a se fazer é se prevenir dessa situação, não é? Com a indicação do SisbaJud, os bancos em que a pessoa tem saldo são bloqueados total ou parcialmente. Isso depende do total da sua dívida e de quanto tem na sua conta. Agora, será que é possível fazer o bloqueio judicial da conta salário? Não. O Código de Processo Civil (CPC) proíbe essa situação. Essa é uma boa notícia, certo? Porém, será que há chance de fazer o bloqueio judicial em conta poupança? Também não. O CPC impede essa medida. A justificativa é que a caderneta é um bem impenhorável. No entanto, existe um limite máximo de valor na poupança para garantir que a penhora não seja realizada. O montante é de 40 salários mínimos. Ainda existem outros tipos de contas consideradas impenhoráveis. Elas são voltadas para o recebimento de:- aposentadoria;
- pensão;
- subsídios e auxílios do governo municipal, estadual ou federal.
Nova regra de bloqueio judicial de 2021
A cobrança de dívidas se tornou mais eficiente em 2021 com a nova regra de bloqueio judicial. Desde então, o SisbaJud passou a ser o sistema utilizado. Antes, era o BacenJud. Qual é a diferença? Com a plataforma anterior, a ordem judicial era enviada ao Banco Central. O órgão fazia o bloqueio dos valores até o limite da dívida. Já explicamos isso, certo? A questão é que, com o SisbaJud, é possível fazer isso e ainda contam com mais informações. Ou seja, o banco e o credor podem obter, entre outros documentos:- extratos bancários da conta-corrente;
- cópias dos contratos de abertura de contas de investimento e corrente;
- cópias dos contratos de câmbio;
- fatura dos cartões de crédito.
Quais são as causas do bloqueio judicial?
Como você já deve ter percebido, o principal motivo para o bloqueio judicial é o não pagamento de alguma dívida. Portanto, não importa se você deixou de quitá-la por esquecimento, por não saber de sua existência ou até por causa de um desequilíbrio financeiro. O que interessa, aqui, é entender quais ações de cobrança judicial podem gerar esse bloqueio. Elas são:- ação de cobrança;
- ação monitória;
- execução de título extrajudicial;
- execução fiscal, válida para dívidas tributárias com a Receita Federal;
- cumprimento da sentença de um desses processos.
Como consultar se há bloqueio judicial?
Se você está enfrentando essa dificuldade e teve seu dinheiro congelado, é preciso entrar em contato com o banco. A instituição financeira é o primeiro passo para fazer a consulta ao bloqueio judicial na sua conta. Vale a pena reforçar que essa situação também pode atingir veículos e imóveis. Nesses dois casos, a consulta deve ser feita no Detran do seu estado e no tabelionato responsável pela propriedade, respectivamente. Ao fazer esse contato, você receberá todas as informações relativas ao bloqueio. Dessa forma, terá os seguintes dados:- número de processo;
- autor;
- número da vara;
- valor bloqueado;
- número do protocolo da ordem.
O que fazer para recorrer ao bloqueio judicial?
Para retirar esse congelamento do seu saldo em conta, é preciso pagar a dívida existente. Afinal, como explicamos, o dinheiro só ficará disponível novamente assim que a justiça autorizar. Para isso, é necessário haver a comprovação de quitação do débito que estava em aberto. Ao receber essa informação, o juiz solicita o desbloqueio ao Banco Central. Assim, o SisbaJud emite a notificação para os bancos e o restante do saldo é liberado. A partir disso, você já pode voltar a comprar, pagar contas e o que quiser. O dinheiro é seu. Porém, já pensou em ter sua conta bloqueada, mesmo sem ter dívidas? Ou seja, você entra em contato com o banco, confirma que o débito em aberto não tem nada a ver com as suas finanças, mas seu dinheiro está preso? Acredite, por mais que seja raro, isso pode acontecer devido a alguns fatores. Por exemplo, quando:- o CPF é informado de forma errada;
- a justiça cometeu um erro;
- os bens considerados impenhoráveis foram bloqueados — é o caso da conta salário, da poupança até 40 salários mínimos e mais.
De que forma evitar o bloqueio judicial?
A forma mais eficiente de evitar o bloqueio judicial da conta-corrente é sempre pagar as suas dívidas. Mesmo que elas estejam atrasadas, existem alternativas. Por exemplo, você sabia que pode negociar os débitos em aberto e ter descontos de até 90%? Essa é uma boa saída para equilibrar as suas finanças antes de ter seu saldo bloqueado. Afinal, ao fazer o acordo, você zera as suas dívidas, mantém um bom relacionamento com o banco e tem o seu dinheiro liberado. Por isso, é fundamental consultar o seu CPF em plataformas especializadas, como a da emDia. Você pode saber mais sobre esse processo assistindo a esse vídeo: https://www.youtube.com/embed/3YpNcNNalVs Além de saber se seu nome está com alguma pendência, você ainda consegue renegociar suas dívidas em até 72 vezes com juros congelados e descontos significativos. Além disso, vale a pena ter hábitos financeiros saudáveis. Em outras palavras, equilibrar gastos e ganhos para que tudo seja pago em dia. Afinal, você não precisa ser o Gil do Vigor e ganhar uma bolada com publicidade e no BBB para ter seu dinheiro em ordem. Você pode se regozijar de outras formas. Como? Veja algumas dicas que preparamos!- Anotar seus gastos — deixar tudo organizado em planilhas ou aplicativos financeiros. Saber quanto você gasta e ganha ajuda a entender onde seu dinheiro está indo, quais são suas despesas e em quais categorias economizar.
- Ter um planejamento financeiro — definir metas de gastos e se manter dentro delas. Além disso, vale a pena deixar parte do seu orçamento para o pagamento de dívidas. Uma boa dica é usar o método 50-30-20. Assim, 50% são para despesas básicas (como alimentação, moradia e transporte), 30% para estilo de vida (ou seja, lazer) e 20% para pagamento de débitos em aberto e realização de investimentos.
- Diminuir os gastos desnecessários — avaliar quais despesas podem ser reduzidas. Por exemplo, os passeios pagos podem ser trocados por gratuitos, a academia pode ser substituída por exercícios ao ar livre.
- Alterar seus hábitos de consumo — tentar economizar e manter seus objetivos em foco. Assim, você conseguirá reduzir gastos.
- Formar a sua reserva de emergência — conforme pagar as suas dívidas, é importante começar a guardar dinheiro para usar em casos de imprevistos. Dessa forma, qualquer situação inesperada pode ser superada sem precisar passar por um bloqueio judicial.
por
Emdia
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