O que é Educação Financeira? Raio X completo sobre finanças pessoais

O que é Educação Financeira? Raio X completo sobre finanças pessoais

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Todos esses pontos são válidos e devem ser analisados com cuidado, mas a construção de uma relação saudável com as finanças depende de realmente saber o que isso significa de acordo com a realidade de cada um. Se você está aqui para aprender, este é conteúdo perfeito para você! Vamos explicar o conceito de educação financeira, além de dar dicas para colocar em prática hoje mesmo. Continue a leitura e confira!

O que é educação financeira?

Definir o conceito de educação financeira é um desafio e tanto! Por isso, decidimos trazer aqui a definição usada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD):
“educação financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros existentes”.
No entanto, essa explicação ainda é bastante ampla, pois, quando falamos sobre sociedades, podemos usar como exemplo a dívida pública ou a inflação que afeta o mercado. Esses são temas complexos que, embora sejam importantes, geram mais dúvidas do que respostas claras. Pensando nisso, nós, da emDia, nos esforçamos para mostrar que a educação financeira aplicada ao dia a dia é muito mais simples do que parece. Se fôssemos criar nosso próprio conceito de educação financeira pessoal, seria simples assim: “é o processo de aprender sobre dinheiro e finanças pessoais, mas sem falar o idioma dinheirês”. Ou seja, nossa proposta é que você tenha uma relação saudável com suas economias e, para isso, não importa se ganha muito ou pouco. Bate-papos sobre finanças podem fazer parte do nosso dia a dia de forma descomplicada e, acima de tudo, compatível com a sua realidade.

Quais são os conceitos sobre finanças que você precisa conhecer?

Já destacamos a relação entre o conhecimento e a capacidade de tomar decisões financeiras. Para ajudar a construir a sua confiança, listamos alguns termos que vão ajudar bastante a aumentar a sua compreensão. Veja a seguir.

Orçamento

Um orçamento ou orçamento familiar é uma ferramenta que ajuda a controlar a entrada de recursos e os respectivos gastos. No meio financeiro, essa ferramenta é usada para diminuir dívidas de forma rápida. Depois de já ter estabelecido os limites para as suas despesas mensais, não ultrapasse esse valor. A forma mais comum é criar categorias como:
  • pagamento das contas da casa;
  • despesas com transporte;
  • investimento em educação;
  • gastos com saúde; e
  • lazer.

Poupança

Para muitos brasileiros, a Poupança é a principal ferramenta utilizada para acumular recursos e ajudar o seu dinheiro a render. Além do seu valor histórico, já que foi criada em 1861, quando o Brasil ainda era um império, essa é uma aplicação bastante acessível. O seu funcionamento é bastante simples: o correntista deposita o valor que quiser na sua caderneta, e o dinheiro passa a render mensalmente, sempre na data de aniversário. A sua liquidez, ou seja, a capacidade de o ativo ser transformado em dinheiro em espécie, é imediata. Esse é um ponto que atrai muitos investidores. Além disso, é uma opção segura para quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos. Em resumo, é uma boa alternativa, porém existem aplicações mais rentáveis que devem ser consideradas.

Juros

No mundo das finanças, os juros são as duas faces de uma mesma moeda. Ou seja, podem trabalhar a seu favor, aumentando o seu patrimônio, ou criar uma dívida ainda maior. Neste caso, temos:
  • taxas de juros: é a cobrança feita por instituições financeiras para disponibilizar crédito. Esse é o valor é cobrado quando o correntista usa o cheque especial, paga as suas contas em atraso ou faz financiamentos. Estamos falando do dinheiro que é emprestado;
  • taxa de rentabilidade: esse é o cenário oposto, quando você empresta dinheiro ao se tornar um investidor. Por meio das aplicações financeiras, recebe uma remuneração calculada a partir do que foi investido.

Por que a educação financeira é importante?

Como a educação financeira não é uma disciplina oferecida em muitas escolas do Brasil, fica difícil para toda a população ter uma relação saudável com o dinheiro. Mais do que isso, é desafiador preparar as pessoas para tomar decisões que afetam a sua saúde financeira em curto e longo prazo. Se você ainda não conhece a dimensão real do problema, saiba que 66,5% das famílias brasileiras fecharam o ano de 2020 com dívidas. Essas informações foram divulgadas pelo segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Além disso, uma boa parcela desse número deve valores altos, o que quer dizer que a dívida é muito maior que a sua capacidade de pagamento. Em um cenário tão preocupante, não podemos atribuir a responsabilidade somente à falta de conhecimento sobre o que é educação financeira. Antes de começarmos a entender mais sobre investimentos ou reservas de emergência, devemos ser capazes de prevenir o endividamento. Para reverter essa situação, vamos falar sobre 3 ideias de maior utilidade da educação financeira em nossas vidas. Conheça na sequência.

Proteger o seu dinheiro

Aqui estamos falando dos produtos de crédito, com as suas altíssimas taxas de juros, e do governo, com os impostos e as taxas. Com uma oferta de crédito tão acessível, como cartões de crédito, empréstimos e financiamentos, fica difícil resistir a esse dinheiro. Porém, a maioria dos clientes de instituições financeiras não entende como funcionam as taxas de juros e a cobrança em casos de inadimplência. O famoso efeito bola de neve nunca foi tão perigoso e afetou de forma tão intensa a vida de tantas pessoas. Quando você passa, a partir da educação financeira, a conhecer esse universo e as suas possibilidades, faz escolhas financeiramente mais saudáveis e segue alternativas mais viáveis para a sua realidade e as suas metas.

Controlar o seu orçamento

Fechar o mês sempre no sufoco é cansativo. Entender e acompanhar dicas de educação financeira pessoal é ajudar no equilíbrio da relação entre quanto ganhamos e quanto gastamos. Essa é uma prática que requer dedicação para limitar os gastos e avaliar quais áreas são consideradas supérfluas. Não pense que essa mudança vai acontecer rapidamente, mas é importante superar esse obstáculo para colher os frutos no futuro. Isso sem deixarmos de nos divertir ou de guardar um dinheiro para os imprevistos de última hora. Essa também é a hora de quitar aquela dívida que vem tirando o seu sono, sem comprometer outros itens do orçamento.

Fazer mais dinheiro

Você já entendeu no segundo pilar o que fazer para equilibrar seus gastos e ganhos. Agora é a hora de fazer o seu dinheiro render! Quando chegar nessa etapa, significa que aproveitou o que a educação financeira pessoal tem de melhor para oferecer em nossas vidas! Os investimentos têm diversas opções, variando de acordo com o seu plano. Por exemplo, empreender, mesmo que em pequena escala, ajuda a equilibrar as finanças. Outra opção é começar a fazer aplicações que aumentam os rendimentos.

Como eu começo a colocar em prática a educação financeira?

Agora, você já conhece os principais pilares da educação financeira e sabe que eles se aplicam a todas as pessoas, em todos os momentos de vida e com as mais diversas faixas de renda. Vamos entender, então, como colocar esses três pontos em prática? Você não precisa se matricular em nenhum curso para aplicar os novos conhecimentos: é possível começar com algumas dicas de educação financeira básicas e com a ajuda de aplicativos ou planilhas.

Anote todos os gastos com rigor

Não se preocupe com o formato: use um caderno, crie uma planilha eletrônica ou baixe um aplicativo para fazer os lançamentos. Mas não deixe de acompanhar os gastos, pois é uma ótima forma de ter uma noção sobre o seu orçamento. Às vezes você nem percebe, mas pequenos hábitos levam as suas economias embora aos poucos.

Corte o que parecer desnecessário

O segundo passo requer um olhar crítico sobre as suas finanças. Muitas vezes, perdemos de vista o que realmente importa quando focamos em consumir. Sendo assim, defina as suas prioridades e siga com elas! Se está gastando muito com alimentação fora de casa, passe a levar marmita alguns dias da semana; se você faz compras por impulso, procure formas de evitar o consumo exagerado e por aí vai. Essa etapa ficará mais fácil depois de listar os seus gastos e de estabelecer uma meta, como quitar uma dívida, fazer um investimento, comprar a casa própria etc.

Reduza as suas dívidas

Endividamento não é algo que acontece de forma repentina. Esse é um problema que cresce no decorrer do tempo e tem potencial para sair do seu controle. Porém, antes de chegar nesse patamar, faça mudanças simples. Compras no cartão de crédito ou parceladas são as principais fontes de endividamento, por isso uma solução é começar a pagar pelas suas compras somente à vista e deixar o cartão para emergências. Além disso, evite pagar juros por atraso. Manter as contas em dia é a melhor forma de evitar surpresas e garantir que os gastos não ultrapassem o limite.

Mude a sua mentalidade

Já é comprovado que pessoas que enfrentam problemas financeiros sofrem com estresse, insônia e outros sentimentos negativos. Isso vai afetar o seu cotidiano, o desempenho profissional e a relação familiar. Os recentes acontecimentos e o cenário de crise somente tornaram essa situação ainda mais difícil. Essa relação tão clara deve ser solucionada com uma mudança na sua relação com o dinheiro para sair da situação de inadimplência. Ao começar a resolver esse problema, você sentirá a vontade de continuar ao perceber os primeiros resultados positivos.

Defina quais são os seus objetivos

“Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve” é a frase que vem à mente nesse momento. Pense sempre a curto, médio e longo prazos e priorize aquilo que anda tirando o seu sono, seja uma dívida ou um plano de saúde com um preço salgado. Depois disso, foque os seus sonhos e a qualidade de vida. Além disso, reconheça que é preciso esforço e dedicação para mudar os hábitos financeiros de uma vida. Mas não duvide, pois nós sabemos que você é capaz de alcançar o seu propósito. Use essas nossas dicas de educação financeira para planejar uma viagem, reformar sua casa ou fazer algo significativo para você. Aplicando esses exercícios na sua rotina, automaticamente você já está se educando financeiramente. Possível, não?

Onde eu aplico a educação financeira na minha vida?

Ela é aplicada a basicamente tudo, desde o café na padaria à conversa com a gerente da sua conta no banco para ver opções de tarifas mais amigáveis. Imagine as seguintes situações:
  • o que fazer com a parte que sobrou do salário após pagar todas as contas?
  • Como explicar o valor das coisas para as crianças? Como dizer não para elas?
  • Como negociar uma dívida antiga e escolher parcelas que cabem no seu bolso?
Se perguntas como essas vêm à sua mente e você já tem conhecimento sobre educação financeira pessoal, certamente vai encontrar respostas seguras e dentro da sua realidade para tomar as melhores decisões. Mas, se estiver no início das buscas pelo tema, confira as dicas da equipe emDia para essas questões.

 O que fazer com a parte que sobrou do salário após pagar todas as contas?

Sabemos que você trabalhou duro, mas, mesmo assim, é necessário poupar parte do dinheiro para imprevistos. Esse é o conceito de reserva de emergências. É importante não sair gastando à toa só porque tem o dinheiro disponível naquele momento. Depois de garantir o seu "pé de meia", será um momento mais tranquilo para pensar em fazer compras.

Como explicar o valor das coisas para as crianças? Como dizer não para elas?

Explique desde cedo o valor do dinheiro para a sua família. É importante para as crianças entender que nem sempre será possível comprar tudo o que querem. Isso não precisa ser uma conversa chata. Pense em como trabalhar a educação financeira pessoal dos pequenos com jogos lúdicos para tornar o tema interessante e leve. Outra estratégia interessante nesse caso é o oferecimento de uma mesada educativa. Também é possível introduzir o conceito de economias com um cofrinho para juntar dinheiro para ser usado no futuro.

Como negociar uma dívida antiga e escolher parcelas que cabem no seu bolso?

Busque plataformas seguras e transparentes em que você possa simular uma negociação de dívida que caiba de verdade no seu bolso. Além disso, procure empresas que deem todo o suporte necessário e não hesite em tirar suas dúvidas e perguntar sobre tudo o que preocupa antes de fechar o negócio. Por fim, adquirir conhecimentos sobre educação financeira não deve ser um processo complexo. Afinal, assimilamos muito mais quando as informações são transmitidas com clareza. Por isso, busque recursos que ajudem a simplificar conceitos e a demonstrar dicas práticas, como as que reunimos neste artigo. Nós acreditamos a cada dia mais que onde não existem dúvidas, não existem dívidas! Para ampliar os seus conhecimentos, leia o nosso passo a passo sobre como quitar as suas dívidas.
por Emdia