DOC e TED descomplicados: entenda a diferença

DOC e TED descomplicados: entenda a diferença

compartilhe no facebook compartilhe no linkedin compartilhe no whatsapp compartilhe no twitter
Como são bem parecidas, é comum que apareçam dúvidas sobre o funcionamento das transações e suas diferenças. Mas, saber esses detalhes facilita o seu dia a dia na hora de utilizar os serviços do banco e pode ajudar você a economizar dinheiro com algumas taxas. Neste artigo, apresentaremos as principais diferenças entre DOC e TED. Continue a leitura e confira!

O que é TED?

Criada em 2002 pelo Banco Central, a Transferência Eletrônica Direta (TED) surgiu para dar velocidade às transferências de valores mais altos. Sua principal característica é que a efetivação é concluída no mesmo dia da operação, isto é, o dinheiro “cai” mais rápido na conta do recebedor. Nesta modalidade, se a transação for realizada até as 17h, o dinheiro fica disponível na conta em poucos minutos, atendendo bem às necessidades de quem precisa fazer transferências bancárias rápidas. Porém, por ser uma transação imediata, não é possível fazer o cancelamento por meio do banco. Antigamente, a TED tinha um valor mínimo de R$ 500 reais, porém, em 2016, cancelaram essa exigência. Agora é possível transferir qualquer valor para outro banco no mesmo dia.

O que é DOC?

O DOC (Documento de Ordem de Crédito) é um tipo de transferência utilizado para quantias de até R$ 4.999,99 e para quem não tem tanta urgência. Diferentemente da TED, o valor não cai na hora na conta do favorecido. Quando feita até às 21h59 de um dia útil, a operação é compensada no dia útil seguinte. Depois desse horário e aos feriados e fins de semana, o dinheiro está disponível apenas no segundo dia útil. Uma vantagem do DOC em relação ao TED é sua reversibilidade. Já que é uma transação financeira não feita em tempo real, ela permite ser cancelada junto ao banco, considerando sempre os prazos exigidos, o que ajudar muito a deixá-la mais segura.

Quais suas principais funções?

Como vocês sabem, a transferência consiste em mandar dinheiro de uma conta para outra, sem a necessidade de depósitos e de saques. Elas podem ser feitas entre contas de um mesmo banco — são as chamadas Transferência Eletrônica Financeira (TEF) —, como também entre contas de bancos diferentes. Para realizar TED ou DOC, é necessário ter em mãos alguns dados do beneficiário (que receberá o dinheiro), indispensáveis para que o processo seja realizado com sucesso, tais como:
  • nome completo, CPF ou CNPJ;
  • tipo de conta (corrente ou poupança);
  • dados bancários (número da agência e da conta e o código do banco — número determinado pelo Banco Central para cada instituição financeira.
É importante destacar que, em geral, são cobradas taxas para a realização dessas transferências, que variam conforme a instituição bancária e as políticas comerciais de cada uma delas. Portanto, se você deseja economizar dinheiro, deve se informar antes sobre os custos e escolher a melhor maneira de utilizar os serviços. Se você ainda ficou com alguma dúvida em relação às modalidades, explicaremos agora de maneira bem prática. Por exemplo, DOC começa com a letra D, então você se lembrará que o dinheiro cai na conta no DIA seguinte. Já o TED começa com T, então, transferiu, TÁ na conta.

Quais as suas diferenças entre DOC e TED?

Agora que você já está por dentro dos conceitos de DOC e TED, precisa conhecer algumas diferenças entre os serviços que permitirá compreender melhor como eles funcionam. Assim, você conseguirá pensar em maneiras de economizar no pagamento das tarifas para realizar transferências quando precisar. A seguir, confira as principais diferenças entre as duas modalidades de transferência!

Prazo de compensação

A principal diferença entre os serviços é que a TED permite que o dinheiro caia na conta no mesmo dia se realizada antes das 17 horas, enquanto no DOC este processo pode demorar mais de um dia caso a transferência seja realizada depois das 22 horas. Vale lembrar que, se o dia em questão for sábado, domingo ou feriado, a quantia só aparecerá na conta no próximo dia útil. Isto é, não é possível realizar essas operações aos finais de semana e nos feriados bancários.

Limites de transferência

Com relação ao limite, o DOC permite que a transferência tenha um valor máximo de até R$ 4.999,99. Já na Transferência Eletrônica Direta, pode apresentar valores maiores do que R$ 5 mil reais. Além disso, é importante ressaltar que as instituições bancárias oferecem alguns pacotes de serviços que determinam as quantidades de operações que podem ser realizadas. Nesse caso, é possível que o pacote contratado por você inclua um limite de DOC e TED para ser realizado mensalmente.

Tarifas das operações

Como dito antes, as instituições bancárias geralmente cobram tarifas para que os clientes realizem TED e DOC, e esses valores variam de acordo com o banco e o método utilizado para realizar a transação. Ou seja, se são feitos por meio de caixas eletrônicos, de atendimento presencial, por telefone, pelo internet banking, pelo site ou pelo aplicativo do banco. De modo geral, as transações podem variar de R$ 10 a R$ 22 nos grandes bancos. Entretanto, os digitais já oferecem o serviço gratuito. Essas tarifas podem ser consultadas diretamente no site da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Basta acessar o link, pesquisar o nome do seu banco e conferir os valores cobrados pelo serviço.

Como funciona o PIX?

Graças aos bancos digitais, as transações financeiras se modernizaram, ganhando cada vez mais espaço no mercado ao facilitar a vida das pessoas. Lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central, o PIX é um método de pagamento instantâneo que veio para facilitar ainda mais as transferências entre contas bancárias, o pagamento de débitos e até o reconhecimento de impostos e taxas de serviço, entre várias outras facilidades. Seu principal objetivo é reduzir os custos das transações financeiras, modernizando e digitalizando os meios de pagamento existentes em nosso país. Porém, ao contrário do que muitos pensam, o PIX não é uma modalidade que veio para substituir o DOC e o TED. Trata-se de uma alternativa para facilitar as transações e fomentar novos modelos de negócio. O grande diferencial do PIX é a rapidez e a disponibilidade deste meio de pagamento. Enquanto o TED e o DOC têm restrições de dias, horários e quantias específicas para transferência entre contas, o PIX pode ser feito em qualquer dia e horário, é instantâneo e não tem limites de valor. Para realizar uma transferência pelo PIX, basta que o pagador digite a Chave do recebedor, o valor que será transferido e, por fim, finalizar a transação. Essas chaves substituem todos os dados bancários que precisamos passar para receber um dinheiro, como agência, número da conta e código do banco, por exemplo. Existem quatro tipos principais de chaves do PIX, são elas:
  • número do telefone;
  • e-mail;
  • número do CNPJ ou CPF;
  • chaves aleatórias com combinações numéricas.
Outra forma de efetuar pagamentos e transferências com o PIX é por meio da leitura de QR Codes. Quer ver um exemplo prático? Os estabelecimentos comerciais podem imprimir um QR Code Estático e deixar esse código colado ao lado do caixa. Na hora de pagar a conta, o cliente faz a leitura do código usando seu smartphone e aplicativo da instituição de pagamento, informando o valor a ser pago e finalizando o processo. Vale lembrar que, embora o PIX tenha facilitado as transações entre os clientes dos bancos, a modalidade, por sua vez, aumentou os riscos de golpes no meio digital. E, para se prevenir dos golpes do PIX, é necessário se manter atento a alguns sinais e tomar todos os cuidados possíveis. No próximo tópico falaremos um pouco mais sobre isso!

Quais os cuidados para não cair em golpes financeiros?

Embora a evolução da internet e das ferramentas tenha facilitado as transações entre os clientes das instituições financeiras, a opção digital aumentou ainda mais os riscos de golpes e fraudes. Todos os dias nossas redes sociais e nossos e-mails são bombardeados por mensagens inconvenientes, que, normalmente, consistem em convites para novas mídias, spams, anúncios, promoções, ofertas de novos produtos, entre outras. E, diante de tantas informações, é muito comum acabar se tornando vítima dos golpes financeiros. Por isso, nesse ambiente tão incrível e cheio de possibilidades, precisamos tomar alguns cuidados básicos para garantir a segurança do seu dinheiro, já que existem muitas pessoas mal-intencionadas que querem obter ganhos pessoais em cima de outras pessoas. Abaixo, separamos algumas dicas importantes para que você não caia em golpes financeiros. Veja!

Desconfie de tudo

Pode parecer uma dica radical, mas quando o assunto é não cair em golpes financeiros por meio da internet ou do telefone, é preciso agir com muita cautela, sobretudo se os valores são atrativos. Nesse caso, fique atento a mensagens maliciosas que prometem boas oportunidades. Em casos de ligação com oportunidades exclusivas, por exemplo, confira a veracidade da oferta e do site. Faça perguntas ao vendedor sobre como ele conseguiu seus dados e por que você foi escolhido. Por fim, dê preferência a empresas conhecidas e com credibilidade no mercadoem vez de sites suspeitos com valores inferiores aos dos outros concorrentes.

Fique atento aos critérios de segurança do cartão

Os cartões com chip, apesar de não evitarem fraudes e golpes, são bem mais seguros para usar do que aqueles que solicitam apenas a assinatura. Por esse motivo, opte por instituições financeiras que ofereçam cartões com esses mecanismos de segurança e apresentem aspectos mais confiáveis.

Não passe senhas por telefone ou e-mail

Os bancos, em hipótese alguma, enviam e-mail ou ligam para os seus clientes solicitando a senha do cartão de crédito, nem mesmo o seu código de segurança. Esses dados são pessoais e intransferíveis e não devem ser informados a estranhos ou digitados no telefone. Com isso em mente, não acredite em ligações em nome de bancos ou de instituições financeiras. E, se isso acontecer, jamais forneça seus dados pessoais como senha ou código de segurança do cartão.

Observe os sites antes de comprar pela internet

Para realizar suas compras pela internet de forma segura, escolha sites confiáveis e que tenham o selo de segurança, além de conhecer a experiência de outros clientes. Lembre-se de manter o seu computador o mais seguro possível — atualize o antivírus, o firewall e o anti-spam. E, para garantir mais segurança na compra, anote dados da marca, como o nome do site, os produtos adquiridos, os valores e o número de protocolo. Além disso, pesquise a reputação da empresa ao considerar uma compra. Muitas pessoas são influenciadas por amigos durante o processo. Porém, uma mesma empresa pode oferecer uma boa experiência para um e deixar a desejar para outro.

Não instale ou acesse nada que recebeu de mensagem

Um golpe muito comum é quando os fraudadores enviam links via WhatsApp ou e-mail. Essas mensagens servem como iscas para fazer os usuários informarem seus dados, como número de CPF, conta de banco, número dos cartões e até mesmo senhas. Além disso, eles conseguem até infestar seu dispositivo de vírus e aplicativos que podem roubar seus dados com links maliciosos, o que permite os golpistas acessarem todas as suas contas. Portanto, nunca acesse, baixe ou instale nada que recebeu por mensagem de texto ou por WhatsApp, pois pode conter vírus, mesmo que seja de uma empresa conhecida. Desse modo, confirme no site oficial se a marca realmente tem esses aplicativos ou programas no seu catálogo. Por fim, o mais recomendado é que você adote mecanismos e instruções eficazes para a identificação dessas fraudes, assim como ajuste a privacidade das plataformas usadas para impedir que pessoas desconhecidas tenham acesso aos seus dados pessoais. Outra medida importante, caso tenha sido vítima de um golpe, é registrar um boletim de ocorrência junto à polícia. Esse comprovante serve para isentar a vítima da responsabilidade das ações indevidas. Não esqueça também que, por se tratar de um ato considerado crime, você tem o direito de buscar a responsabilização do autor do golpe. Nesse caso, é preciso acionar a justiça para que os órgãos policiais investiguem os autores do crime. Como você viu, DOC e TED são serviços de transferência bancária criados para simplificar a vida financeira das pessoas. Podemos dizer que a escolha entre eles depende basicamente da urgência e do custo pelo serviço. Sendo assim, o ideal é entender a sua necessidade e escolher a melhor opção, lembrando-se sempre de cadastrar de forma correta os dados e ficar atento aos possíveis golpes financeiros! E aí, gostou do nosso artigo sobre DOC e TED? Então aproveite a visita no blog e confira o nosso conteúdo sobre "Como usar PIX com segurança". Vai lá!
por Emdia