O ciclo de endividamento brasileiro

O ciclo de endividamento brasileiro

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Nós adoramos receber feedbacks positivos e mensagens de clientes satisfeitos com as negociações das dívidas feitas aqui na emDia, mas quando chega uma mensagem com brincadeiras sobre "status: devendo", na mesma proporção que nos deixa felizes com a interação e humor, também nos preocupa. O motivo? É que no fundo, esse cenário é um clássico exemplo do ciclo de endividamento brasileiro. A renegociação de dívidas requer planejamento financeiro e muita cautela. Fazer um acordo com o credor e não conseguir cumprir o pagamento durante o prazo determinado pode levar a um ciclo de dívidas que parece nunca terminar. Inclusive, é sobre isso que vamos falar por aqui! Saiba mais sobre o ciclo de endividamento brasileiro e descubra qual é a melhor maneira de sair dele. Continue a leitura!

O que é o ciclo de endividamento brasileiro?

O ciclo de endividamento ocorre quando uma pessoa gasta dinheiro além da renda esperada. Isso é muito sério tanto para quem mantém essa prática quanto para a própria economia nacional. Vale trazermos um dado alarmante. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em 2022, o total de famílias brasileiras com dívidas a vencer chegou a 78,9%. Além disso, mais de 10% dessas pessoas não terão condições de quitar as suas pendências, permanecendo com o CPF negativado e voltando ao endividamento em um curto período de tempo. Estamos falando daqueles que fecharam um acordo, cumpriram com ele, mas voltaram à estatística de inadimplentes por causa de novas dívidas. Os fatores apontados como os maiores causadores foram:
  • a falta de um planejamento financeiro e de um orçamento familiar estruturado;
  • o consumo impulsivo, que leva ao maior uso do cartão de crédito e de outras modalidades com juros altíssimos.

Entenda como as pessoas caem no ciclo de endividamento

Acredite: por mais que o tema pareça dizer respeito apenas àqueles que entendem de economia, esse fenômeno é algo muito mais psicológico do que qualquer outra coisa. Que atire a primeira pedra quem nunca fez alguma compra por impulso para aliviar um tipo de tensão ou ansiedade, por exemplo. Um problema comum é que, nos últimos anos, todos nós sentimos os efeitos da crise econômica, sobretudo devido à pandemia de Covid-19. Grande parte da população brasileira se viu desempregada. Inclusive, os informais tiveram dificuldades para alcançar o mínimo de renda para a sobrevivência familiar. Além disso, o padrão de vida das pessoas cresceu consideravelmente — muitas passaram a gastar mais do que ganham para sustentá-lo. Então, com o intuito de manter o consumo, as linhas de crédito se tornaram um caminho visado. Assim, mesmo com a crise atual, a alternativa para muitos passou a ser pegar empréstimos, fazer parcelamentos, usar o cheque especial ou pagar o valor mínimo do cartão. É justamente aí que se inicia o ciclo de dívidas. Esse ciclo de endividamento tem início quando predomina a concessão de valores emprestados. Comprar alguma coisa sem poder pagar por ela na mesma hora com a renda recebida consiste em gastar além do potencial ganho, concorda? Nesse caso, você não está só pedindo crédito ao emprestador, mas também está tomando emprestado do seu futuro. Por essa razão, o endividamento pode ser visto como a antecipação de rendimentos futuros.

Por que estamos falando de Brasil especificamente?

Como citamos em outras publicações, o Brasil tem algumas características que, juntas, acabam favorecendo o endividamento da sua população. Há muitas pessoas precisando de crédito, uma grande instabilidade econômica e política e muita gente sem acesso à educação financeira — que nem mesmo é ensinada nas escolas. Para ficar mais fácil de entender, colocamos tudo isso em números:
  • o crédito concedido a pessoas físicas totalizou mais de R$ 200 milhões em 2022, com um crescimento de 2,4% no último trimestre;
  • reforçando o que já foi dito, 78,9% das famílias brasileiras estão endividadas atualmente;
  • 45% da população relata não ter nenhum tipo de controle sobre as suas finanças;
  • em um ano, a concessão de crédito no Brasil teve o dobro do crescimento para pessoas físicas — de 22,2%.
A melhora no mercado de trabalho e as políticas de transferência de renda nos últimos anos favoreceram a situação financeira das famílias de baixa renda e, consequentemente, o aumento das dívidas. No entanto, a inflação em nível elevado desafia o poder de compra desses consumidores. Dessa forma, o crédito tem sido uma alternativa essencial para que eles consigam sustentar o consumo, como dito. Assim, acabam por persistir no ciclo de endividamento brasileiro. Diante disso, a pergunta é: dá para mudar um cenário desses? Enquanto negociadora digital de dívidas, com a missão de educar os seus clientes, nós, da emDia, dizemos que sim!

Quais são os eventos que exemplificam esse ciclo?

Quantas pessoas você conhece que já pegaram um empréstimo, mas não conseguiram pagá-lo e acabaram por contrair um novo empréstimo para quitar o anterior e assim sucessivamente? Isso não é surpresa e acontece com mais frequência do que imaginamos. Na prática, o ciclo do endividamento brasileiro ocorre da seguinte maneira: se a prestação de um imóvel, por exemplo, não cabe no orçamento, o consumidor paga os demais custos no cartão de crédito. A verdade é que ele imagina que, dessa forma, sobrará dinheiro para cobrir as suas principais dívidas. Em alguns meses, porém, essa pessoa já não consegue quitar a fatura do cartão e paga apenas a parcela mínima até que consiga recursos extras. No entanto, isso não ocorre, e a alternativa passa a ser recorrer também ao cheque especial. Ao chegar o começo do próximo mês, o ciclo se repete. Quando se dá conta, o indivíduo está endividado e correndo o risco de ficar inadimplente e sem acesso a linhas de crédito. Inclusive, algumas pessoas fazem empréstimos, mas, muitas vezes, percebem que o dinheiro não é suficiente. Assim, vão criando um ciclo que compromete todas as finanças. Resumindo: na maioria das vezes, o ciclo do endividamento brasileiro é o mesmo. As pessoas mantêm contas em um volume superior àquele com o qual podem arcar, deixam de ter controle sobre as pendências, tentam retomar o equilíbrio com o orçamento já apertado, acabam deixando que as dívidas se acumulem e, no final, ficam com o CPF negativado.

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O que fazer para sair desse ciclo?

Para transformar esse cenário, o primeiro passo é identificar quais são os seus débitos atuais. Antes de pensar em recorrer a um empréstimo para cobrir essas dívidas, o ideal é que o consumidor calcule o impacto que causam. Isso é indispensável porque, em boa parte dos casos, os empréstimos levam a um ciclo de endividamento cuja saída é muito complexa. A seguir, separamos um tópico com algumas dicas que podem ajudá-lo a driblar essa cilada. Fique de olho!

Ações que você pode tomar

Existem alguns hábitos que podemos inserir na nossa rotina para minimizar a continuidade do ciclo de endividamento brasileiro. Inclusive, a boa notícia é que nós estamos falando de coisas que você já pode começar a colocar em prática logo que finalizar a sua leitura, como:
  • passar a anotar e controlar as suas finanças — e, nesse caso, não estamos falando apenas dos gastos, mas também dos seus ganhos. O ideal é cortar tudo aquilo que você vem pagando sem utilizar;
  • evitar as compras por impulso, já que elas são as maiores causadoras do endividamento das famílias. Por isso, é recomendável listar tudo em que você deve pensar antes de efetivamente comprar algo;
  • saber quando utilizar cada forma de pagamento para evitar estourar o limite do seu cartão de crédito, pois, caso contrário, esse recurso pode passar a ser o seu maior inimigo financeiro;
  • cogitar a possibilidade de manter uma reserva de emergência, já que nem sempre o consumo será o responsável pela volta das dívidas;
  • rever o seu padrão de vida e não cair na tentação de fazer empréstimos para sustentá-lo. Com os altos juros, a probabilidade de se endividar por conta dessas operações de crédito é enorme;
  • investir em educação financeira e fazer a sua gestão financeira. Você não precisa apostar em um curso de longa duração com a emissão de um certificado na conclusão, bastando procurar boas referências na Internet ou ainda bons filmes e podcasts que tratem sobre o tema.
Além disso, antes de fazer uma negociação e planejar o pagamento das dívidas, vale a pena se conscientizar sobre a causa que resultou no descontrole. Deixar de ter o CPF negativado, mas voltar a ter acesso ao crédito sem um controle adequado ou manter o nível de gastos antes de honrar o acordo, definitivamente, não resolverá o problema. Nesse contexto, novamente, a educação financeira é indispensável para superar esse impasse e conquistar o equilíbrio, assim como adotar um planejamento apropriado, como o modelo SMART. Quando entendemos como o processo funciona e como se planejar adequadamente, conseguimos fazer escolhas mais acertadas em prol do nosso bem-estar. Agora, esperamos que, com este post, todas as pessoas estejam livres do ciclo de endividamento brasileiro e que assim permaneçam, voltando aqui para a emDia com o intuito de visitar o nosso blog ou para nos contar as novidades sobre as suas novas conquistas financeiras! Se você gostou do nosso post, aproveite que já está por aqui e não deixe de conferir também como sair do vermelho e quitar as suas dívidas!
por Emdia