Confira aqui quais são os golpes do PIX mais aplicados!

Não é que a modalidade não seja segura. Na verdade, isso tem a ver com o amplo uso, por parte da população, desse serviço, além da facilidade de uso. Segundo alguns dados, o Banco Central registrou mais de 700 mil indícios de crimes envolvendo o Pix na primeira metade de 2022. No mesmo período de 2021, o número registrado estava em torno de 25 mil. Então, o aumento foi de mais que 2.8% na comparação entre os dois períodos. Neste post, você vai entender o que leva as pessoas a cair nesses golpes, quais os mais comuns e que medidas os bancos têm adotado para evitá-los. Também vai conferir como se prevenir e o que fazer se você cair em um golpe. Acompanhe!

Por que as pessoas caem em golpes?

Diariamente, nossos e-mails e redes sociais são bombardeados por mensagens inconvenientes que, geralmente, consistem em convites para novas mídias, spams, anúncios, promoções, ofertas tentadoras, entre outras. Por isso, diante de tantas informações, fica fácil se tornar vítima dos golpes financeiros mais comuns. Ao contrário do que muitos pensam, eles não acontecem necessariamente com pessoas menos inteligentes ou com pouca instrução. Muitos usuários estão vulneráveis a esse tipo de situação no meio virtual devido ao uso constante da ferramenta, assim como de gatilhos mentais usados pelos criminosos que atraem as vítimas. Além disso, os golpistas utilizam técnicas de persuasão e reclamações emotivas para estimular a intimidade e aumentar a motivação das vítimas. Isso faz com que as pessoas respondam às solicitações e aos anúncios fraudulentos por acharem que a oferta é uma grande oportunidade.

Quais os golpes mais aplicados com o Pix?

Os golpes utilizando o Pix, identificados pelas instituições financeiras, são conhecidos como phishing. Esse tipo de crime ocorre quando a vítima fornece, sem intenção, informações sigilosas ao receber solicitações falsas por e-mail, mensagens no WhatsApp, links enganosos ou até mesmo telefonemas de central de atendimento. Nesse contexto, existem alguns golpes mais corriqueiros. A seguir, listamos os principais deles que envolvem o Pix.

Clonagem do WhatsApp

Entre os métodos mais utilizados pelos responsáveis pelo crime, está a clonagem do WhatsApp. Nesse golpe, o criminoso normalmente envia uma mensagem pelo app em nome de uma empresa, da qual a vítima é cliente. Eles pedem o código de segurança enviado por SMS, justificando por necessidade de manutenção, atualização ou confirmação de cadastro. Com o código em mãos, os criminosos replicam a conta de WhatsApp em outro dispositivo e enviam mensagens para os contatos da vítima, se passando por ela e pedindo dinheiro emprestado pelo Pix.

Bug no Pix

Outra fraude muito comum é o “bug” do Pix, ou seja, um tipo de falha que ocorre ao executar algum serviço eletrônico. Nesse caso, os criminosos afirmam que, devido a um problema técnico (o famoso “bug”), é possível adquirir o dobro do valor transferido para chaves aleatórias. Contudo, ao fazer o procedimento, o cliente envia dinheiro aos golpistas.

Comprovante falso

Os golpistas enviam comprovante de agendamento de uma transferência para enganar o recebedor, como se a transação tivesse sido realizada. Dessa forma, é importante saber que o agendamento não garante a transferência, pois, a pessoa que agendou pode cancelar antes de a transferência ser realizada.

Cadastro indevido de chaves

O cadastramento das chaves Pix é realizado diretamente nos canais oficiais das instituições financeiras, por exemplo, por aplicativo bancário, internet banking, agências ou por meio do contato do cliente com a central de atendimento. Nesse caso, os criminosos direcionam o cliente para um site falso que oferece o cadastramento das chaves no sistema de pagamento. Com isso, eles solicitam transferências aos contatos da vítima.

Golpe de engenharia social com WhatsApp

Nesse exemplo, os golpistas usam a estratégia de captar dados pessoais do usuário e de seus contatos no WhatsApp. Assim, com um novo dispositivo, envia mensagens para amigos e familiares da vítima, alegando que precisou trocar de número devido a um problema. Então, pede uma transferência por Pix, explicando que está em alguma emergência.

QR Code falso

O QR Code é um tipo de código de barras que permite pagamentos via celular, muito utilizado atualmente por estabelecimentos comerciais e serviços em geral. Para aplicar o golpe com essa ferramenta, os criminosos substituem os códigos reais. Assim, eles modificam a URL aberta ao escanear o QR Code. Com isso, o usuário é redirecionado para uma página que não pertence ao estabelecimento, infectando o dispositivo e roubando os dados bancários.

Golpe do falso funcionário de banco e das falsas centrais telefônicas

Nessa situação, os criminosos entram em contato com a pessoa se passando por um colaborador do banco ou da empresa em que o cliente é ativo. Depois, oferecem ajuda para que o usuário cadastre a chave Pix ou relatam que ele precisa fazer um teste no sistema de pagamentos instantâneos para normalizar seu cadastro, induzindo-o a realizar uma transferência bancária.

Pix como investimento

O Pix como investimento ou “Golpe do Urubu”, como também é conhecido, faz vítimas com uma oferta tentadora: quando a pessoa transfere um valor via Pix para uma conta desconhecida, essa quantia é multiplicada e devolvida em minutos ao cliente. Assim, um depósito de R$ 30 pode virar R$ 300 em poucos segundos. Dessa forma, com uma transferência de valor baixo, mas, recebendo de muitas pessoas, os golpistas arrecadam uma alta quantia, além dos dados privados dos usuários, como CPF, entre outros. Funciona da seguinte maneira: empregando técnicas de engenharia social, os golpistas oferecem uma oportunidade única que, normalmente, aparecem em respostas a posts virais em redes sociais. As mensagens contêm um link que direciona a vítima ao WhatsApp, onde o golpe é aplicado. Por falar em WhatsApp, que tal aprender sobre mais um golpe para se prevenir? Saiba tudo sobre o golpe do novo número no vídeo a seguir! https://www.youtube.com/embed/uYZL1z5NvCU

Que medidas de segurança os bancos têm adotado?

A partir de janeiro de 2023, o Pix passou a ter novas regras, como fim do limite do valor por transação, nova opção para horário noturno, bem como limites para Pix Troco e Pix saque. Alguns bancos, de maneira isolada, também implementaram algumas ações. Conforme o IDEC, algumas instituições financeiras e seguradoras, criaram o Seguro Pix, como proteção adicional para as transações. Porém, não garantem 100%de cobertura, além de cobrarem uma taxa. Contudo, as novas regras criadas pelo Banco Central e outras ações introduzidas pelos bancos, são ineficazes para evitar a ocorrência de golpes e proporcionar mais segurança aos consumidores.

Estudo de novas medidas

O Banco Central continua estudando novas medidas de segurança para evitar golpes e abertura de contas laranjas, com a utilização de ferramentas tecnológicas. Nesse sentido, de acordo com um pesquisador da empresa Único, especializada em identidade digital, a utilização de biometria facial combinada com a análise comportamental, é a melhor forma de prevenir a abertura de contas laranjas e golpes por meio de roubo de contas financeiras ou de aparelhos celulares Essas ferramentas conseguem analisar aspectos quanto a hábitos do usuário, dados do celular utilizado e destino dos valores. Além disso, segundo o pesquisador, utilizar chaves aleatórias, em vez do número do CPF, CNPJ ou smartphone, também ajudam a reforçar as medidas de segurança.

Como se prevenir desses golpes

Aprender a driblar possíveis tentativas de golpe faz parte do seu empoderamento financeiro, juntamente com aspectos como o planejamento, o corte de gastos e a negociação de dívidas.

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Por mais que existam formas de resolver o prejuízo depois que você cai em um golpe, nem sempre é possível conseguir justiça e recuperar seu dinheiro. Além disso, a dor de cabeça de ter que lidar com essa situação já não vale a pena. Então, é inegável que a prevenção é a melhor alternativa. Nesse caso, recomenda-se a adoção de mecanismos eficazes para a identificação dos golpistas, assim como o ajuste de privacidade das plataformas utilizadas para impedir que pessoas desconhecidas tenham acesso aos seus dados pessoais. Além disso, para se proteger desses golpes e usar o Pix com segurança, o ideal é:

não acessar links suspeitos;
manter-se sempre informado;
não tomar decisões precipitadas;
não fornecer dados pessoais a qualquer pessoa;
ativar a verificação das redes sociais em duas etapas;
denunciar os perfis que aparentam ser falsos;
desconfiar de mensagens que prometem dinheiro fácil;
conferir os dados do recebedor ao realizar o Pix;
cadastrar as chaves apenas nos canais oficiais do banco;
desconfiar de contatos ou ofertas de ajuda não solicitadas;
não compartilhar código de verificação recebidos por telefone, WhatsApp ou SMS;
conferir sempre o remetente de e-mails e jamais acessar páginas suspeitas;
verificar o saldo da conta para saber se realmente o valor caiu na sua conta ou se trata de comprovante falso.

Vale ressaltar também a importância do cuidado com mensagens indevidas enviadas por bancos. Afinal, dificilmente essas instituições entrarão em contato via redes sociais. Portanto, cuidado ao acessar os links e, principalmente, confira antes o endereço do site em que vai inserir os seus dados.

Como agir se cair em algum desses golpes

Apesar de todos os cuidados, ainda é possível cair em algum golpe do Pix. Justamente por isso, devemos saber como agir diante desse cenário, certo? Afinal, existem medidas que, quando tomadas rapidamente, minimizam ou até impedem os danos. Se você perceber que o seu cartão foi roubado, notar que existem compras indevidas na fatura ou passar por alguma situação que indique que seus dados tenham sido apropriados por terceiros, o primeiro passo é solicitar o cancelamento do cartão de crédito. Outra medida fundamental, caso seja vítima de um golpe, é registrar um boletim de ocorrência junto à polícia. Esse comprovante é necessário para isentar a vítima da responsabilidade das ações indevidas. Lembre-se de que, por se tratar de um ato que constitui crime, enquanto cidadão, você tem o direito de buscar a responsabilização do autor do golpe. Para isso, é necessário acionar a justiça a fim de que os órgãos policiais investiguem o criminoso. Como vimos, os golpes do Pix são cada vez mais frequentes no meio virtual e, para se prevenir dessa situação, é importante se manter atento aos sinais abordados e tomar todos os cuidados possíveis. Não deixe de seguir as nossas dicas, pois, certamente, isso vai ajudar. Gostou dessas informações e quer saber mais sobre o assunto? Então, continue em nosso blog e leia mais um artigo que traz dicas importantes sobre como usar o Pix com segurança!